Preocupo-me com a própria palavra «preocupação». Porque é que nos preocupamos com algo? O que há para nos colocar em estado de pânico? Tenho uma opinião pessoal sobre o assunto, sim. Simplesmente penso que nos preocupamos porque não temos mais nada para fazer. Pelo meu ponto de vista, se os sentimentos e o mundo abstracto fossem mais valorizados, não havia razão para preocupações. Se o amor fosse menos banalizado e mais sentido, se a alegria fosse espalhada e não desperdiçada, se o silêncio fosse alívio e não dor, se a palavra fosse ouvida, mas não dita, se a vida fosse sonhada, mas não vivida, aí sim, o mundo não era tão pressionado nem as pessoas eram esquecidas. Simplesmente, a realidade era a verdade e o caminho era o sentido. Não é esse o nosso objectivo? Ser feliz. E a felicidade não provém de sacrifício, a felicidade vem com a esperança. Se a cabeça sossegasse e o coração pudesse respirar, as preocupações transformar-se-iam em novas ideias e emoções. A liberdade, aliás, a verdadeira liberdade era descoberta num sorriso, numa palavra, não numa definição. Para ser livre, preciso de deixar o coração falar. E agora, que preocupação sentir? Nada, porque sou livre. Encontrei a vida depois de morrer e perceber que existe muito mais no mundo que aquilo que conheço.
2 comentários:
Filosofia pura através da experiÊncia... Estas lições de vida é que nos deviam ensinar em filosofia... e não aquela treta de história...
Como te adoro.. Não imaginas como este texto me inspirou... Não se se era o teu objectivo despertar a mente ou adormece-la, porque eu fiquei num misto dos 2, se é que me entendes... sabes que a estas horas o sonho já controla a minha mente xD
Beijinhos minha Rosa
Deixar o coração falar é o único sentido verdadeiro total das palavras. Mas não é facil por tudo isto em prática...
As preocupações existem desde que o ser humano existe, existem porque como humanos temos a capacidade de sentir.
Gostei do texto:)
Beijinho
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