
Todos os nossos «quero» se resumem a algo ou alguém que não temos. Por isso usamos o verbo querer. Mas no que toca ao pensamento, ao «pensar», não há materialização. Só se sabe o que se vê, cheira, toca, ouve. Não é possível saber amar, odiar, o que seja, muito menos pensar. O pensamento não se sabe, sente-se, assim como o amor ou o ódio. Acredito que cada pessoa é livre de pensar sem se regir por regras, sem saber, porque o saber é isso mesmo, observar pela lógica. E o pensamento não é lógica nem certo. Creio que o acto de pensar é das poucas coisas que ainda garantem liberdade pessoal. Penso que não se deveria procurar significado para o pensamento, mas sim, deixá-lo fluir. Ninguém pode querer saber pensar, porque mais uma vez, não se sabe pensar, sente-se o pensamento.
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