
Delírio
Talvez sejas um abismo perdido,
no puro deleite da mágoa fervida
num poço gelado de água despida,
a quem o céu deu o mar esquecido.
Talvez até sejas o vento dissolvido
numa palavra doce e colorida,
em que a perfeição, modesta e polida
ofereceu o medo quente e fugidío.
E eu, simples e frágil sustento
sou calma e só, e misteriosa,
um som, um nada, um momento,
que em tudo guardo silenciosa,
o sonho que secretamente tento
dar-te, numa lágrima fervorosa.
Talvez sejas um abismo perdido,
no puro deleite da mágoa fervida
num poço gelado de água despida,
a quem o céu deu o mar esquecido.
Talvez até sejas o vento dissolvido
numa palavra doce e colorida,
em que a perfeição, modesta e polida
ofereceu o medo quente e fugidío.
E eu, simples e frágil sustento
sou calma e só, e misteriosa,
um som, um nada, um momento,
que em tudo guardo silenciosa,
o sonho que secretamente tento
dar-te, numa lágrima fervorosa.
27.06.2008
2 comentários:
Rosie =)
Continuas a surpreender com a tua criatividade . . .
Gostei muito deste soneto... e o "delírio" de que me fala não me é só muito familiar, como também encaixa em mim...
Continua =)
Ich dich auch <3
Sempre que venho ao teu blog, tenho de ler isto !
=')
É tão lindo...
Adoro-te Rosie
Enviar um comentário