domingo, 5 de setembro de 2010

Pensamentos sem ligação

Como são perfumados os crimes da minha voz. São pétalas de flores silvestres, campestres, de origens vastas, impossíveis de contar. São colinas verdes, de recorte original, como fiordes vindos das profundezas dos rios. São nus de curvas perfeitas, de carnudos sonhos e desejos.
Os meus delitos são pensamentos rendados, provenientes das alcovas reais dos castelos anciãos.
Que ventre é esse que possui a semente dos Deuses?
As palavras que se emanam das minhas cordas vocais, controladas pelos movimentos da minha boca, são verdades que se apuram, que se aglutinam, tendo em vista a evolução das humanidades. São o açúcar do doce que é a matéria universal, são a carne que sai da pele arrancada pelas mágoas terrestres.
Que tédio, os dias do planeta, sem mentes rasgadas de curiosidades, que tédio, as horas gastas no vazio que preenche o organismo, que tédio, a fome que a alma passa.
Sempre o mesmo dilema, nunca a solução que se procura. O afundamento das letras são a perdição do acabamento deste grito em vácuo.

1 comentário:

Raphaah Abreu disse...

Tua escrita é de esbugalhar os olhos
De perfurar o crânio,
E de cair a boca das palavras.
Muito feliz por encontrar teu espaço.

Virei teu fã

e te sigo aqui.

Bjos.