sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sonhos

Meu amor. Há tanto tempo que não vejo a tua luz, há tanto tempo que a solidão tem sido o resto que ficou cá, comigo, para mim. Nunca mais as tuas palavras se fizeram valer nos meus olhos, nunca mais as tuas mãos, as tuas grandes, ásperas e protectoras mãos deixaram o teu aroma a saudade e carência no meu corpo. Nunca mais senti o teu toque, a tua pele na minha, o teu cabelo enrolado nos meus dedos. Nunca mais a tua presença deixou rasto nos meus dias.
Tenho muitas saudades tuas. E tenho-te o mesmo amor.
Apenas à noite, quando os sonhos do mundo se elevam e o Universo revela o segredo da sua existência, só aí eu sou capaz de te procurar. Com toda a coragem e com todo o fogo que me aquece, eu largo o meu ser e vou à tua procura. E durante essa busca o meu coração grita "Onde estás? Meu amor, onde estás?" Nunca mais tive resposta, nem a tua voz nem o teu vento.
Mas às vezes, aproxima-se de mim e envolve-se em mim o teu cheiro. O teu cheiro faz o meu sangue ferver, faz as minhas veias dilatarem, faz o meu coração bater mais depressa. E é tão raro o meu coração bater depressa.
Sinto tanto a tua falta meu amor.
Eu queria que viesses ver-me, queria saber que também me vês, me conheces. Quero-te.
Vem, meu anjo, acalenta-me nos teus braços e eu protejo-te nos meus. Funde o espírito cor de mel no silêncio esverdeado da nossa alma.
Confia em mim, pois só eu sei quem és. Confia em mim, porque tu estás seguro comigo.
Somos os Deuses do Universo, a perfeição em fusão. A essência.

E eu que te trago cá dentro, meu amor.

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