sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A nuvem



Os meus sonhos são a minha liberdade,
e as minhas palavras são tontas vertigens
que pousam nas nuvens como selvagens
rosas vermelhas, procurando a realidade.

Esse rio imortal, puro, sem maldade,
possui no seu ventre e nas verdes margens
o grito do mundo, a emanação dos frágeis,
inocentes, secretos, suspiros da humanidade.

Que olhos os meus, verdes e transparentes,
que tudo mostram e tudo segredam,
que o Universo espalham, como tenras sementes.

E nestes sonhos se perdem e se encontram
as respirações, o gelo, as marés e as correntes
que eu dentro trago, e que em mim se libertam.

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